Cerca de 5% da população mundial sofre com crises convulsivas, o que demonstra a importância de falarmos sobre o remédio para convulsão. São pessoas de todas as idades e sexo que enfrentam o problema e buscam a ajuda de médicos, especialmente neurologistas.

Nos últimos anos, novos estudos e testes reacenderam uma chama de esperança nesses pacientes, que lutam por mais qualidade de vida. Com isso, muitos profissionais da saúde já estão buscando especializações e cursos de Cannabis Medicinal.

Este conteúdo foi produzido para abordar o assunto de forma clara e objetiva, demonstrando o que já se sabe sobre o uso do Canabidiol (CDB) para o tratamento da doença e o que esperar para o futuro. Confira!

O que é convulsão

A convulsão é um episódio caracterizado pela contração involuntária de músculos, provocando movimentos desordenados. Ela ocorre quando a camada externa do cérebro humano é atividade e pode ser acompanhada de perda de consciência.

Trata-se, portanto, de uma atividade anormal do cérebro. Esse distúrbio pode afetar uma região específica (chamada de parcial ou focal) ou atingir todo o cérebro (convulsão generalizada).

O que causa as convulsões

As convulsões são um quadro com múltiplas causas. Isso significa que diversos fatores e situações podem dar início a uma crise, com destaque para:

• intoxicação por produtos químicos;
• baixa oxigenação no cérebro;
• efeitos colaterais de alguns medicamentos;
• tumores;
• meningite;
• epilepsia;
• tétano;
• diabetes;
• insuficiência renal.

Além de todas essas possíveis causas, é importante mencionar que o estresse, a falta de sono, febre alta podem servir como gatilho para um funcionamento cerebral desordenado.

Os sintomas da convulsão

Se você sofre com crises convulsivas ou já presenciou alguém passando por esse problema, deve ter percebido alguns sinais clássicos. É importante que todos tenham consciência do que está acontecendo, já que é importante prestar ajuda ao paciente.

Em geral, além de contrações musculares involuntárias, a pessoa pode apresentar:

• lábios azulados;
• salivação excessiva;
• olhos virados para cima;
• perda de consciência.

Apesar de assustar algumas pessoas, o ideal é manter para prestar uma assistência eficaz a quem está passando pela convulsão. Nesse caso, apenas retire objetos que possam machucá-lo de perto e vire seu corpo de lado para evitar que aspire a saliva.

Os principais tratamentos para convulsão

Depois de apresentarmos todas essas informações importantes sobre o distúrbio, chegou o momento de falarmos sobre os tratamentos para convulsão. Isso porque, dependendo da causa, o problema tem cura.

Após a avaliação médica e um diagnóstico preciso, é possível recorrer a cirurgias ou tratar o paciente com algumas medicações. Os anticonvulsivantes são remédios que tratam e previnem as crises convulsivas, podendo ser à base de várias substâncias.

É válido destacar que eles podem agir de diversas maneiras no organismo humano, o que varia conforme o ativo utilizado. Porém, sua principal função é inibir a atividade anormal do cérebro.

Explicando um pouco melhor, eles evitam o excessivo disparo acelerado dos neurônios e evitam que quadro se espalhe para outras regiões do cérebro. Enfim, eles interrompem as crises e reduzem a quantidade de episódios, devolvendo qualidade de vida aos pacientes.

O uso da Cannabis Medicinal como remédio para convulsão

A depender da causa para os quadros de convulsão, muitos tratamentos não são eficientes. Mesmo tentando diversos tipos de intervenções, o paciente continua a sofrer com o problema e todos os seus transtornos.

Esse é o caso de quem tem Epilepsia Refratária — pessoas que não conseguem se livrar das crises, mesmo após o uso de mais de duas medicações diferentes. Aliás, essa é uma condição frequente, que atinge mais de 36% dos portadores da doença.

É essencial enfatizar que essas pessoas sofrem ainda mais e têm sua vida afetada. Além das crises frequentes, eles precisam tomar doses elevadas de remédios e podem ser limitadas de dirigir, trabalhar e ter uma vida normal.

Felizmente, existem muitos estudos sobre o tema e a ciência já conseguiu comprovar a eficiência da Cannabis Medicinal na redução e eliminação das convulsões. Saiba mais a seguir!

As propriedades do Canabidiol (CDB)

O Canabidiol atua como depressor do sistema nervoso central. Além disso, não causa dependência e conta com efeitos colaterais quase mínimos. A substância é retirada da Cannabise tem propriedades anticonvulsivas, analgésicas e anti-inflamatórias, por exemplo.

Estudos demonstram a redução das crises convulsivas

O CBD tem finalidades medicinais importantes. Aliás, mesmo já sendo conhecido há muitos anos, o aumento de pesquisas e testes nesse contexto ainda é recente.

Ainda assim, já temos evidências suficientes e sólidas de que ele reduz crises convulsivas. No ano de 2018, um estudo feito com portadores de síndrome de Lennox-Gastaut — que causa convulsões — demonstrou que aqueles que receberam doses diárias de Canabidiol experimentaram uma redução considerável das crises.

Outro estudo com pacientes da síndrome de Dravet também foi claro ao indicar os efeitos positivos da substância. Realizado com mais 120 pessoas (entre crianças e adultos) que não respondiam bem a outras medicações observou uma queda pela metade da média de crises mensais.

O que esperar para o futuro

Desde 2014, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a venda de alguns remédios à base de Cannabis Medicinal no Brasil. Com isso, diversos pacientes podem se tratar com a substância, inclusive as que sofrem com crises convulsivas.

No ano de 2019, a mesma entidade permitiu pesquisas, além da produção e comercialização de medicamentos pela indústria farmacêutica nacional. Aliás, já é possível adquiri-los, de forma legal, nas farmácias.

Em 2020, o primeiro remédio derivado da Cannabis produzido no Brasil chegou às prateleiras. Ele é fruto de estudos dos cientistas da USP de Ribeirão Preto e trata pacientes com Epilepsia Refratária.

Sendo assim, é possível perceber um claro avanço na regulamentação da substância e no desenvolvimento de novos remédios. A expectativa é que, em breve, mais pessoas consigam ter acesso aos produtos e recuperem sua qualidade de vida.

Conclusão

Diante de tudo o que foi exposto, podemos dizer que a ciência tem se esforçado para estudar e entender melhor os efeitos da cannabis medicinal. Ficou comprovado que a substância pode ser usada como remédio para convulsão.

Essa é uma abordagem terapêutica nova, mas capaz de contribuir bastante para o controle dos quadros convulsivos. Portanto, pessoas que sofrem com a síndrome devem procurar ajuda profissional e discutir com o seu médico a possibilidade de utilizar esse tipo de medicação.